No ano passado, o setor da construção perdeu cerca de 14 mil trabalhadores, apesar do dinamismo do mercado imobiliário.
Esta perda acontece depois de o setor ter perdido 38 mil empresas e mais de 260 mil trabalhadores entre 2009 e 2014, durante os anos da crise. A partir de 2015, a indústria recuperou 55 mil empregos, mas voltou a perder no ano passado.
A emigração de “milhares de trabalhadores”, nomeadamente para países europeus, onde ganham um salário muito superior, o desvio de recursos humanos para áreas em grande desenvolvimento, como o turismo, ou o aumento da clandestinidade na construção, nomeadamente trabalhadores oriundos do Brasil ou da Índia, são as principais razões apontadas pela AICCOPN para este fenómeno.
Uma maior regulação do mercado e soluções para os 70 mil a 80 mil trabalhadores de que o setor precisa para fazer face às necessidades dos próximos anos são algumas das medidas urgentes reclamadas por Albano Ribeiro, presidente do Sindicato da Construção, que lembra que só o Plano Nacional de Investimentos 2030 do Governo prevê investimentos de quase 22 mil milhões de euros em obras estratégicas para a próxima década.
A Add Building está consciente desta dificuldade em ter mão de obra qualificada na quantidade que as obras e os prazos exigem.
Para fazer frente a esta dificuldade e aumentar a previsibilidade, recorre ao planeamento atempado das tarefas e carga de mão de obra e exige-o também aos empreiteiros, controla a documentação do pessoal em obra (ver aqui) e privilegia o preço justo do trabalho, em detrimento do preço anormalmente baixo.
Desta forma, a Add Building acredita que contribui para uma maior sustentabilidade do mercado da construção em Portugal e para o sucesso dos empreendimentos em que se envolve.
Fonte: Jornal Público
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