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  • Foto do escritorCatarina Gomes

117 milhões investidos em novas ligações urbanas

Atualizado: 26 de ago. de 2021

O elevador entre a Restauração e o Palácio, o Metrobus para conectar a Boavista ao Império e a nova ponte entre Porto e Gaia. Estes são os projetos a concurso com o objetivo de otimizar as redes urbanas até 2025.


A ligação mecanizada no Palácio de Cristal, que prevê a instalação de um elevador com ligação à Rua da Restauração, representa um investimento de 1,19 milhões de euros e visa alargar os pontos de ligação entre os jardins do Palácio e o grande morro sul.


O concurso público para a empreitada dos “Percursos Pedonais, Ligações Mecanizadas – Palácio de Cristal”, tem como objetivo melhorar as condições de mobilidade pedonal e estabelecer ligação entre a zona ribeirinha e as cotas altas da cidade. O primeiro empreendimento do programa já se encontra em funcionamento em Miragaia.



Escadas em Miragaia, foto de GoPorto



O Metrobus é outro projeto que procura melhorar e alterar os hábitos de circulação da população. Representa um investimento de 66 milhões de euros suportado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e irá ligar a Praça do Império e a Rotunda da Boavista. Prevê-se que aumente a média diária de utilizadores, podendo traduzir-se em mais de 11 milhões de validações por ano. A sua conclusão está prevista para final do ano 2023.


21 milhões do orçamento destinam-se a aquisição de oito novos autocarros silenciosos e o respetivo sistema de carregamento a hidrogénio, que não existe ainda em Portugal, segundo o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.


O Bus Rapid Transit é um transporte rodoviário em canal dedicado com prioridade sobre os outros modos de transporte. Assumindo frequências idênticas às do metro, o sistema BRT tem lotação entre os 180 e os 220 passageiros e prioridade “absoluta” nos cruzamentos e interceções com a rodovia. A nova linha terá extensão de 3,8 quilómetros em cada sentido, passará com frequência de cinco minutos e a ligação entre os dois extremos será feita em 15 minutos. As estações localizadas ao longo da avenida vão ser desenhadas pelo arquiteto Siza Vieira e terá paragens em Casa da Música, Bom Sucesso, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João Barros e Império.




António Costa sublinha que o empreendimento faz parte de uma estratégia que procura melhorar as condições ambientais através da redução das emissões de CO2, mas há quem defenda reorientação do investimento para a manutenção da Linha do Campo Alegre. O Núcleo de Defesa do Meio Ambiente de Lordelo do Ouro (NDMALO-GE) questiona o empreendimento devido ao impacto ambiental, alegando que o mesmo implica “destruição dos mais significativos e simbólicos jardins públicos do Porto e um conjunto de 500 sobreiros em Vila Nova de Gaia”.


Outro empreendimento financiado pelo PRR é o novo troço da linha de metro entre a Casa da Música e Santo Ovídeo que obrigará à construção de uma ponte sobre o Douro, cuja conclusão está prevista para dezembro de 2025. Segundo o presidente do Metro do Porto, Tiago Braga, o empreendimento procura conceber um “elemento singular do ponto de vista de arquitetura e engenharia mundial”. Não terá pilares no rio, a quota será ligeiramente mais alta do que a da ponte da Arrábida de modo a não perturbar a visibilidade da mesma, e permitirá o percurso de bicicletas e peões.


A nova linha, que vai nascer a 500 metros a nascente da Ponte da Arrábida, representa um investimento na ordem dos 50 milhões e ligará Campo Alegre ao Candal, em Gaia. O projeto atraiu o interesse de grandes gabinetes de arquitetura mundiais e terá entre os membros do júri o arquiteto Souto Moura.


Fontes:




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