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  • Foto do escritorPedro Sarmento

Como bem fazer betão em obra

Atualizado: 18 de dez. de 2019

Os principais centros urbanos do nosso país têm sido alvo de diversas intervenções nos últimos anos. E, como se sabe, muitas dessas obras são executadas em locais com elevada densidade de edifícios, dificultando o acesso de veículos de grandes dimensões como camiões, gruas, escavadoras, etc.


Betonagem tradicional com condicionamento do trânsito

Ao mesmo tempo, a elevada burocracia e tempo de resposta dos municípios para validar processos de ocupação da via pública, dificulta o planeamento e execução de operações de betonagem com frequentes implicações no restantes trabalhos da empreitada e no trânsito local.


Por tudo isto, é frequente a necessidade de executar betonagens com betão produzido em obra, sabendo de antemão que a betonagem é uma operação de extrema importância para a estabilidade do edifício nos 50 anos seguintes. Cabe aos empreiteiros, projetistas e, acima de tudo, aos fiscais de obra, assegurar que o betão aplicado cumpre os requisitos previstos no projeto.


Inertes corretamente aprovisionados em obra

As formas mais comuns de garantir a qualidade do betão em obra são as seguintes:

  • validação dos certificados da central;

  • ensaios de abaixamento (slump test);

  • recolha de amostras para posterior rebentamento em laboratório;

  • ensaios insitu com esclerómetro de Schmidt.


Acondicionamento dos provetes para posterior rebentamento

Quando o betão é produzido em obra, não existem certificados da central que nos explicitem as características expectáveis daquele produto, pelo que é de fundamental importância a correta definição do traço do betão a usar, a sua garantia de cumprimento e a verificação das resistências obtidas após a cura.


Com base na experiência acumulada, a Add Building desenvolveu uma folha de cálculo que permite, de forma expedita, calcular o volume de cada componente para obter a resistência e quantidade de betão pretendidas.





Resume-se o procedimento sugerido:


1. Escolha da classe de betão prevista em projeto - C12/15, C16/20, C20/25, C25/30, C30/37 ou C35/45.


2. Escolha do volume de betão pretendido em função do volume da betoneira disponível na obra.


3. Obtenção dos volumes de cimento, areia, brita 5/15, brita 15/25 e água a colocar em cada betoneira.


4. Determinação do volume do balde a ser utilizado na medição e mistura dos constituintes do betão em obra.


5. Controlo dos materiais utilizados e forma de aprovisionamento no estaleiro para evitar misturas ou contaminações (com cloreto de sódio, urina, etc).


6. Controlo da execução do betão, nomeadamente da forma como os baldes são cheios e vertidos para a betoneira.


7. Verificação da resistência do betão através da recolha de 3 provetes - 1 aos 7 dias, 1 aos 28 dias e 1 de reserva e contra-prova se necessário.




Nota:

A Add Building suportou-se em diversos documentos da especialidade para a obtenção dos traços relativos a cada classe de resistência e baridade dos materiais. No entanto, é fundamental controlar a humidade dos inertes, devendo a água adicionada ser na quantidade suficiente para que o betão seja trabalhável, nunca excedendo a relação de 50% do volume de cimento utilizado.






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